sábado, 27 de março de 2010

O Pai Nosso da boca pra fóra

Neste julgamento que aconteceu em São Paulo do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá que foram condenados depois de dois anos presos pela morte da pequena Isabella, aconteceram algumas coisas inusitadas. Uma delas foi a prece de várias pessoas que queriam a condenação deles. Até aí nenhum problema.

O que me chamou mais atenção é que eles estavam repetindo o "Pai nosso".Diziam eles em alguns trechos : "... seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; ...E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;" (Mateus 6:10,12) . Que mentira!!!
Eles de antemão já haviam condenado aquelas pessoas com atitudes das mais bárbaras possível. Tentaram atingí-los com socos e pontapés, com palavras de assassinos, com pixações e tantos outros meios na tentativa de fazerem justiça com as próprias mãos.
Cadê o seja feita a tua
vontade Deus? Que nada! Deus tem ficado de lado nestes momentos e o que muitos querem é que Deus seja o mais severo possível ou mesmo que seja feita a vontade de Deus desde que com a pena máxima. Este povo tem clamado pelo nome de Deus em vão pois os seus corações estão distante dele.
Cadê o assim como nós perdoamos. Cadê o perdão? Perdão não. Justiça! Eu quero que eles apodreçam na cadeia. Eu quero que façam o mesmo com ele. Eu quero que ele sofra tanto quanto eu estou sofrendo ou mesmo que ele sofra muito mais. Cadê como nós perdoamos?
Temos ponunciado c
oisas que não tem sido verdadeiras em nossas vidas. O homem tem falado acerca de Deus, mas o seu coração não está sobre o controle de Deus. As suas palavras são vãs. Não são verdadeiras.
A bíblia diz que: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; - Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas." (Mateus 6:14,15).

Perdoar não é fácil mas é algo que precisamos buscar. Veja este exemplo -

Em 1997, o menino Ives Yossiaki Ota, de oito anos, foi seqüestrado por três homens em sua própria casa, na zona Leste de São Paulo e, um dia depois, morto com dois tiros no rosto. Desesperado, o pai de Ives chegou a pensar em matar os três seqüestradores, mas decidiu deixar a arma e levar uma Bíblia para o tribunal. Ao invadir a sala onde estavam os acusados, colocou o dedo no peito de cada um deles e pediu que o olhassem nos olhos.

Porém, surpreendeu a todos: ele disse para os bandidos que não queria matá-los, mas, sim, perdoá-los. Em 2001, o comerciante declarou que o ato de perdoar os assassinos do filho não significava que queria que eles fossem soltos, mas era uma forma de tirar o ódio de dentro dele. “Perdão é uma coisa e justiça é outra. A justiça tem de ser cumprida”.
O perdão alivia a alma amargurada.

É evidente que queremos que a justiça seja sempre feita. Aqueles que cometem os erros recebam as consequencias. O promotor de justiça e as perícias técnicas que foram feitas puderam, elas sim, comprovar a participação do casal na morte da menina, mas só um tribunal pode absolver ou condenar alguém. E acima deles está Deus que apesar de tudo ama o assassino.

Não podemos fazer justiça porque além de sermos pecadores também podemos cometer injustiças como este - Em outubro de 1997, o homem foi condenado a uma pena de 23 anos de reclusão pela morte de um taxista durante um assalto. Ele foi preso em flagrante depois de ser apontado por um adolescente, que teria participação no crime, como coautor do delito.

O homem cumpriu pena na Penitenciária Nelson Hungria de 25 de outubro de 1997 a 14 de fevereiro de 2006, quando teve alvará de soltura expedido pelo 2º Grupo de Câmaras Criminais do TJ. Após justificativa judicial, o menor foi ouvido, esclareceu que prestou declarações falsas e apontou o verdadeiro culpado do delito.

Segundo o relator do recurso, desembargador Antônio Sérvulo, "no caso em tela, estamos diante de uma lamentável hipótese de erro jurídico, em decorrência do qual o autor permaneceu preso por aproximadamente 8 anos e 4 meses. Importa asseverar que o equívoco não pode ser atribuído, exclusivamente, ao Judiciário, mas também ao Poder Executivo e ao Ministério Público, derivado da equivocidade do Inquérito Policial e do oferecimento de denúncia em face de inocente." http://www.parana-online.com.br.

Precisamos deixar o julgamento sobre aqueles que tem o poder de fazê-lo e confiar em Deus. Não peça ou declare coisas diante de Deus que você não vive e não quer que aconteça ou se realize. No mais ouça a voz de Jesus: Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra...

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